A produtividade das impermeabilizações vs cronograma

Aug 01, 2017

Por Lucas Lisbôa, Gerente de Produto da MC

 

No mundo das obras nem tudo o que planejamos sai conforme “receita de bolo”. É comum encontrarmos nos canteiros das construções etapas atrasadas, equipes de aplicação enxutas e serviços paralelos, sempre com o cronograma apertado. Em função desta realidade, o mercado da construção civil tem feito nos últimos anos uma busca incessante por novas tecnologias de construção alinhadas com materiais diferenciados que permitem ao construtor e às empresas aplicadoras terceirizadas reduzir etapas e ganhar tempo durante a execução de novos edifícios.

 

Um dos serviços que podem proporcionar grande produtividade aos construtores é a impermeabilização. A primeira dificuldade relacionada ao tempo é a quantidade de camadas a se fazer dos produtos impermeabilizantes. Na sequência nos deparamos com os intervalos entre demãos, associados diretamente com as características químicas dos produtos. Por fim as impermeabilizações esbarram nos serviços adjacentes a aplicação do produto como, por exemplo, o teste de estanqueidade e o assentamento de revestimentos, influenciados pelo tempo de cura dos materiais.

 

Quando falamos do número de camadas a ser aplicada de cada tipo de impermeabilização, valor definido pelo fabricante, conseguimos estimar a espessura daquele revestimento e o período de execução para a mão de obra. Em função destas múltiplas camadas criou-se o conceito de “demãos cruzadas”, fundamentado principalmente na necessidade dos aplicadores em se fazer camadas em sentidos perpendiculares para que o controle da área impermeabilizada não fosse perdido ao longo das camadas. Atualmente, revestimentos impermeabilizantes que atingem os parâmetros de avaliação solicitados pelas respectivas normas com menores números de camadas podem diferenciar-se dos concorrentes quando se avalia o prazo para a entrega do serviço.

 

 

A segunda variável, o intervalo entre demãos, também pode trazer benefícios diretos ao cronograma da obra. Este intervalo está diretamente relacionado à composição do produto que pode apresentar uma reação mais lenta ou mais rápida, quando em contato com água ou com o próprio ar. Produtos que formam camadas mais espessas podem demorar mais a curar antes da aplicação da próxima demão. Baseado neste período de secagem é fundamental que as construtoras façam um planejamento específico para que a mão de obra não fique ociosa, “pulando” de um local de aplicação para outro enquanto os impermeabilizantes ainda estão frescos.

 

Após o término da aplicação do revestimento impermeável, antes de se dar sequência às etapas seguintes de acabamento final dos banheiros e sacadas por exemplo, é requerido por norma que seja feito um teste de estanqueidade, para avaliar na prática a efetividade do impermeabilizante. Este teste é essencial como forma de detectar possíveis falhas durante a execução ou mesmo do material utilizado. Descrito na NBR 15.575 – Edificações Habitacionais – Desempenho o teste de estanqueidade deve ser realizado apenas nas áreas molhadas, excluindo as áreas molháveis, e exige que tais locais sejam submetidos a uma lâmina de água de pelo menos 10 mm de altura por um período de 72 horas. O que varia nesta etapa é o tempo que deve ser aguardado para cada tipo de impermeabilizante antes da execução deste teste, sendo este fator determinado principalmente pelo tempo de cura dos materiais. Para se obter ganho de produtividade nesta etapa de teste é imprescindível a utilização de produtos que tenham uma rápida capacidade de cura.

 

Um fato é claro: quando o assunto é cronograma sempre nos deparamos com prazos apertados e com uma forte demanda por alta produtividade. No segmento da impermeabilização a contribuição para este tópico depende invariavelmente do tipo de impermeabilizante adotado em cada obra. Esta contribuição pode ser proveniente tanto da agilidade e rapidez de aplicação proporcionada pelas características físicas do produto como também pela redução de etapas originadas pela composição química. E os construtores e aplicadores agradecem estas inovações de mercado que são capazes de trazer cortes no cronograma das obras. Afinal, como o próprio ditado popular já cita, “tempo é dinheiro”.

 

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