Graute Cimentíceo ou Graute Epóxi: Qual a diferença?

Nov 23, 2020

Graute cimentíceo é um produto fluído de retração compensada, que possui em sua fórmula agregados miúdos e aglomerante – cimento, aditivos e adições. Quando os componentes ativos entram em contato com a água, inicia-se o processo de hidratação e formação de subprodutos, ligados diretamente com o desempenho. Seu pico acontece aos 28 dias, podendo se estender aos 90 dias ou mais. Isto justifica o fato de materiais cimentíceos serem ensaiados em idades de 28 e 90 dias.

 

O Graute Epoxi é um produto fluído de retração nula, que possui em sua fórmula 3 componentes: resina epóxi, catalisador e agregados inertes. A cadeia epoxídica constitui uma família de materiais poliméricos termoendurecedores, não dando origem a subprodutos de reação durante sua cura (ligações cruzadas). Sua reação total é em 7 dias.

 

A diferença destas tecnologias vai além do tempo e do tipo de reação química, mas do Modulo de Deformação. Enquanto no graute cimentíceo de 50 MPa facilmente encontra-se 35 GPa, um epóxi com 100 MPa, encontra-se aproximadamente 20 GPa.

 

Isto significa que a capacidade elástica de um epóxi é exorbitantemente superior à de um cimentíceo e, que a partir desta análise, é compreensível que quando um projeto possui cargas cíclicas (base de trilhos por exemplo), a solução é um graute epoxídico e não um graute cimentíceo. 

Por Gleyson Marzolla, Gerente de Produto da MC.

 

Quem nunca se deparou com fissuras na estrutura? Elas sempre acabam sendo motivo de preocupação, pois além da parte estética, podem ocasionar vazamentos e infiltrações, comprometer a durabilidade pretendida e até mesmo pôr em cheque a segurança e utilização da estrutura. É uma patologia que traz desgate à edificação e também a quem passa por esse inconveniente.

 

Pensar neste tema, inevitavelmente, me remete aos tempos de graduação. Enquanto eu fazia as aulas da disciplina de concreto, tinha em mente que as fissuras surgiam somente como um alívio às sobrecargas de tração, compressão, flexão, torção e cisalhamento. Mas, em meados de 2004, quando assisti à palestra de um especialista no assunto, pude conhecer um pouco mais do “universo” das fissuras nas edificações.

“Para compreender a complexidade da análise e a identificação da causa de uma fissura, deve-se avaliar se ela é ativa (oscilante ou crescente) ou passiva.”

Gleyson Marzola, Gerente de Produto da MC
Graute

Entendi que para compreender a complexidade da análise e a identificação da causa de uma fissura, deve-se avaliar se ela é ativa (oscilante ou crescente) ou passiva. Também é necessário analisar a sua forma, posição, direção e o tipo da estrutura (alvenaria, concreto armado, concreto protendido), pois além das ocasionadas por sobrecargas, destacam-se entre as mais recorrentes as fissuras promovidas por recalque diferencial, por oxidação da armadura e as fissuras de retração (plástica, secagem ou hidráulica, retração química, autógena e térmica).
Assim, existem fissuras admissíveis, ou seja, aquelas que são aceitas ou previstas no projeto, determinadas em função do tipo de estrutura e classe de agressividade ambiental, como descreve a norma de Projetos de Estruturas de Concreto (NBR 6118:2014). Entretanto, é imprescindível uma análise criteriosa de um especialista no assunto para verificar o porquê da manifestação patológica, pois as características de uma fissura podem parecer semelhantes, porém suas causas podem ser muito diferentes, exigindo rápida intervenção.

 

Para o tratamento das fissuras existem várias soluções no mercado, tais como: sistemas de injeção de resinas estruturais de base epóxi e poliuretano, que permitem a reconstituição do monolitismo da peça; sistemas com resinas flexíveis, como gel de poliuretano, espuma hidroativada e gel acrílico, para impermeabilização e selamento de estruturas flexíveis; sistemas cimenticios rígidos e flexíveis; selantes à base de poliuretano e à base de polímero, entre outros.

 

Vale lembrar que o produto está para o dano assim como o remédio está para a doença, e em ambos os casos o diagnóstico preciso da causa é determinante para definirmos a solução e o consequente sucesso do tratamento.

 

A MC possui uma extensa linha de Grautes, tanto Cimentício quanto Epóxi, com destaque para o Emcekrete EP, graute epóxi que permite a liberação de fôrmas e da estrutura grauteada rapidamente, possibilitando maior agilidade no processo de fixação de equipamentos, com rápida colocação da estrutura reparada ou reforçada em carga.

 

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