Brasil tem 10 mil MW de capacidade eólica instalada

17/10/2016

Fonte: TN Petróleo

 

Bons ventos continuam soprando no parque eólico brasileiro, em franca expansão nos últimos anos: o país já alcança 10 mil MW de capacidade instalada, embora pouco mais da metade esteja na rede. De acordo com o Ministério das Minas e Energia (MME), em agosto chegou a 9.327 MW a capacidade instalada de geração eólica no Brasil – 2.790 MW em relação ao mesmo mês de 2015, o que representa um crescimento de cerca de 50%.

 

É nesse cenário que, em meados de setembro, se registra mais um recorde diário de geração eólica no Sistema Interligado Nacional (SIN) correspondente a 5.804 MW médios – lembrando que os leilões realizados nos últimos dois anos abrangiam o pacote completo –, parque e interligação ao sistema, diferente dos primeiros realizados no país.

 

Com a expansão da geração elétrica no Brasil, a previsão para os próximos anos, segundo o Plano de Decenal de Expansão de Energia/PDE 2024, é de que a capacidade eólica instalada no Brasil alcance 24 mil MW até 2024. Afinal, o país assumiu compromissos na COP 21, na reunião de Paris, realizada no final de 2015. Dentro das metas de geração de energia renovável, o país quer expandir o uso doméstico de energia gerada por fontes renováveis, além da energia hídrica, para ao menos 23% da matriz elétrica, até 2030.

 

Nesse contexto, a geração a partir de fontes eólicas ganha um papel de destaque, principalmente pelos avanços verificados nos últimos anos e por ocupar o segundo menor preço de energia da matriz energética nacional e gerar cerca de 30 mil empregos por ano, em toda a cadeia de valor.

 

“É normal um crescimento da geração eólica nessa época do ano, em que há boa incidência de vento, ainda mais no Nordeste, além da entrada de novos projetos”, assinala o engenheiro civil Rafael Fernandes, da MC-Bauchemie, grupo alemão que atua no desenvolvimento de produtos químicos para a construção civil. Ele pondera que o crescimento é sempre de dois dígitos por ser um mercado ainda pequeno, mas com enorme potencial de expansão. “Se houver uma política efetiva de governo para ampliar a participação da eólica na matriz energética e melhoria da remuneração da energia gerada, não será difícil atrair mais investidores”, garante.

 

De toda matriz eólica instalada, a MC-Bauchemie está presente com suas soluções, em alguma etapa da implantação, em pelo menos 60% da matriz – ou seja, em torno de 6 mil MW hoje, com pretensões de chegar a 10 mil MW até o final da década, ressaltando que a empresa atua apenas na etapa civil das torres, e não nas partes de metalmecânica, elétricas ou de resinas (das pás). Ou seja, disponibiliza soluções em tecnologia do concreto, aditivos e produtos de obra.

 

Há 15 anos no Brasil, e com presença em mais de 30 países e cerca de dois mil colaboradores em todo o mundo, fornecendo soluções, entre outras áreas, para a indústria eólica, a MC-Bauchemie aposta firme no mercado local, onde tem três plantas industriais – duas no estado de São Paulo e uma em Pernambuco. Desde 2012 tem uma gerência específica de energia, com foco principalmente em geração eólica.

 

Sob os ventos desse setor, a empresa tem registrado crescimento anual da ordem de 20% e, a despeito da crise, a expectativa é consolidar um market-share de 40% de participação no mercado em que atua. “Nossa especialização acabou nos levando ao desenvolvimento de soluções customizadas para as demandas desse mercado, pois são necessárias especialidades químicas distintas para cada projeto, cada região. Da mesma forma, estamos buscando nacionalizar produtos e desenvolver localmente outras soluções de acordo com as características do mercado”, observa.

 

A MC-Bauchemie pesquisa, desenvolve e produz soluções especiais para construção de novos projetos, para proteção, recuperação e acabamento de estruturas, além de soluções para recuperação de fundações. Está presente nas principais obras de infraestrutura do mundo e, neste ano, inicia atuação também no mercado residencial com soluções para o consumidor final.

Nicolaus Muller, Diretor Executivo da MC-Bauchemie
Nicolaus Muller, Diretor Executivo da MC-Bauchemie
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